Complexo de inferioridade

Um complexo de inferioridade, nos campos da psicologia e da psicanálise, é um sentimento de que se é inferior a outrem, de alguma forma. Tal sentimento pode emergir de uma inferioridade imaginada por parte da pessoa afligida. É freqüentemente inconsciente, e pensa-se que leva os indivíduos atingidos à supercompensação, o que resulta em realizações espetaculares, comportamento anti-social, ou ambos. Diferentemente de um sentimento normal de inferioridade, que pode atuar como um incentivo para o progresso pessoal, um complexo de inferioridade é um estágio avançado de desalento, freqüentemente resultando numa fuga das dificuldades.

Os trabalhos pioneiros neste campo foram realizados por Alfred Adler (1917), que usou o exemplo do complexo de Napoleão para ilustrar sua teoria. Alguns sociólogos propuseram que um complexo de inferioridade pode também existir num nível mais amplo, afetando culturas inteiras. Esta teoria controvertida, é conhecida como inferioridade cultural.

A psicologia adleriana clássica faz uma distinção entre os sentimentos de inferioridade primário e secundário. Diz-se que um sentimento de inferioridade primário está enraizado na experiência original de fraqueza, desamparo e dependência experimentadas por uma criança pequena. Ela pode ser intensificada por comparações com outros irmãos e adultos. Um sentimento de inferioridade secundário relaciona-se às experiências de um adulto em atingir um objetivo final inconsciente, fictício, de segurança e sucesso subjetivos para compensar-se por sentimentos de inferioridade. A distância percebida daquele objetivo levará a um sentimento "negativo" que pode então instigar o sentimento de inferioridade original; este composto de sentimentos de inferioridade pode ser experimentado como acabrunhante. O objetivo inventado para remediar o sentimento de inferioridade primário original, que realmente provoca o sentimento de inferioridade secundário é o "Ardil-22" deste dilema. Este círculo vicioso é comum em modos de vida neuróticos.

Causas

Por nascimento – todo ser humano nasce com sentimentos de inferioridade porque quando de seu nascimento, é dependente do que para ele são super-humanos ao seu redor;

Atitudes dos pais – 1-comentários negativos e avaliações de comportamento que enfatizem erros e lapsos determinam a atitudes de crianças até os seis anos de idade; 2-comparação que os pais fazem dos seus filhos com outras pessoas, geralmente, enfatizando que seus filhos são errados, enquanto que os outros são certos em determinada coisa;

Defeitos físicos – tais como ser manco, características faciais desproporcionais, defeitos da fala e visão defeituosa causam reações emocionais e se conectam a experiências desagradáveis anteriores;

Limitações mentais – provoca sentimentos de inferioridade quando comparações desfavoráveis são feitas com as realizações superiores de outrem, e quando performance satisfatória é esperada, mesmo quando as instruções não possam ser compreendidas;

Desvantagens sociais – família, raça, sexo ou status econômico.


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Comentários (2)

  • Uly Denunciar

    Ótimo artigo,fui vítima de comparações,críticas e expectativas de outros sobre mim.Confesso,tenho um enorme complexo de inferioridade.

  • claudete de souza Denunciar

    É MAIS OU MENOS POR AI TEMOS QUE APRENDER A LIDAR COM OS NOSSOS MEDOS ,E COMPLEXOS, DE QUE SOMOS INFERIORES AOS OUTROS, QUANDO NA VERDADE TEMOS QUE APRENDER A LIDAR COM OS NOSSOS VALORES, SE ATERMOS-NOS AS QUALIDADES DOS OUTROS,MAS A NOSSA CAPACIDADE DE CONDUZIR A PRÓPRIA VIDA, E ALCANÇAR OS NOSSOS OBJETIVOS ATRAVÉS DO NOSSO PRÓPRIO VALOR, EM SUMA ,APRENDER A SE AMAR E RESPEITAR, A PARTIR DÁI SEREMOS FELIZES COM O QUE TEMOS E SOMOS.

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