Como funciona o Ramadã?

O que é o Ramadã?

O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico. Pelo fato de o Islamismo usar um calendário lunar, o Ramadã começa e termina em diferentes períodos do ano. O calendário lunar é baseado na observação das fases da Lua, em que o início de cada mês é identificado com a visão de uma nova Lua. Este calendário tem cerca de 11 dias a menos que o calendário solar usado na maior parte do mundo ocidental.

O início do Ramadã em cada ano é baseado na combinação das observações da Lua e em cálculos astronômicos. Nos Estados Unidos, muitos muçulmanos aderem à decisão da Sociedade Islâmica da América do Norte para o começo da festividade. O final do Ramadã é determinado de maneira semelhante.

O significado do Ramadã

Para os muçulmanos, o Ramadã é um mês de bênção que inclui oração, jejum e caridade. O significado do Ramadã retrocede há muitos séculos, a cerca de 610 d.C. Era nesse período, durante o nono mês do calendário lunar, que os muçulmanos acreditavam que Deus, ou Alá, revelara os primeiros versos do Alcorão, o livro sagrado do Islamismo.

De acordo com o Islamismo, um comerciante chamado Maomé estava andando em um deserto perto de Meca. Isso aconteceu onde atualmente localiza-se a Arábia Saudita. Certa noite, uma voz vinda do céu o chamou. Foi a voz do anjo Gabriel que falou que Maomé tinha sido escolhido para receber a palavra de Alá. Nos dias posteriores, Maomé começou a falar os versos que seriam transcritos, compondo o Alcorão.

Em muitas mesquitas, durante o Ramadã, os versos do Alcorão são recitados todas as noites. Os oradores são conhecidos como tarawih. No final do Ramadã, a escritura completa foi recitada. Ramadã é o período no qual os muçulmanos podem se interligar aos ensinamentos do Alcorão.

O Islamismo no Brasil

No Brasil, um país com uma grande quantidade de crenças, o islamismo aparece como uma religião rígida, de início vista como pouco condizente com as tradições marcadas em nosso país. O islã é a segunda maior religião do mundo, a única outra religião com taxa de crescimento comparável são os evangélicos protestantes.

Na América Latina, os muçulmanos, na maioria descendentes de sírio-libaneses "turcos", escravos de origem africana islamizada, egípcios, palestinos e outras nacionalidades - são tradicionalmente mais dispersos, menos numerosos e visíveis. No Brasil eles estão espalhados por todo território e a maioria das Instituições Islâmicas no Brasil podem ser encontradas nas cidades de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Rio Grande do Sul e Foz do Iguaçu.

Percebemos a cada ano um aumento no número de brasileiros convertidos ao Islã, já é possível encontrar centros islâmicos fundados por brasileiros. O último dado oficial é do IBGE - no censo de 2000, foram registrados 27.239 muçulmanos no país, as mesquitas ultrapassam o número de 70 no Brasil.

Tradicionalmente uma das principais mesquitas se encontra na capital paulista, Mesquita Brasil, construída em 1929. Uma das únicas mesquitas no Brasil a emitir o chamado externo para os muçulmanos rezarem é a mesquita de Mogi das Cruzes, também em São Paulo, ela possui quatro alto-falantes instalados no alto da torre da mesquita, a 42 metros de altura, anunciando: "Deus é o maior" (repetido quatro vezes); "Testemunho que não há divindade além de Deus" (duas vezes); "Testemunho que Muhammad é um mensageiro de Deus" (duas vezes); "Vinde à oração" (duas vezes); "Vinde ao sucesso" (duas vezes); "Deus é o maior" (duas vezes); "Não há divindade além de Deus" (uma vez). Essas frases são emitidas na língua árabe por aproximadamente três minutos.

Jejum do Ramadã lembra muito a quaresma, comentado anteriormente, mesmo que a quaresma seja mais simbólica o Ramadã é bastante disciplinado - eles devem acordar cedo, tomar seu café antes do nascer do sol, após disso não podem comer mais nada até depois do pôr-do-sol, dessa forma o jejum e abstinência devem durar entre o nascer e o pôr-do-sol.

O jejum para os muçulmanos é obrigatório para aqueles que chegam à puberdade, constituindo um momento importante na vida e uma marca simbólica na entrada na vida adulta. Não se pode jejuar quando: grávida, menstruada, enfermo ou quando a pessoa está viajando. Quando esses dias de jejum não são seguidos ou cumpridos devem ser feitos em outra ocasião, antes do próximo Ramadã.

Fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br/ramada1.htm

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